terça-feira, 24 de março de 2009

ESCATOLOGIA - 9ª PARTE - AS BODAS DO CORDEIRO


As Bodas de Cristo - Mateus 25.1-12
"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e ja a sua esposa se aprontou" (Ap 19.7)


INTRODUÇÃO
A ceia das bodas do Cordeiro é a expressão máxima da relação entre Cristo e Sua Igreja. É a figura do casamento, do esposo e a esposa, que aparece na Bíblia em varias passagens (Jo 3.29; 2 Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 19.7,8; 21.41 – 22.7). O texto de Mateus 25 apresenta uma parábola de Jesus que retrata a historia de um casamento, e que oferece dupla interpretação: uma sobre Israel e outra a respeito da Igreja.


I. ANALOGIA CORRETA DA PARÁBOLA
1. Fundo histórico. Jesus ilustrou Seu ensino utilizando-se do costume oriental para o casamento. Depois de feitas as cerimônias religiosas, começava-se a celebração festiva do casamento. A festa podia prolongar-se por vários dias, dependendo das possibilidades do pai da noiva. Nos festejos noturnos, os convidados deviam sempre ter lâmpadas acesas. No caso da historia de Jesus. O noivo atrasou. Os convidados deveriam estar devidamente preparados com azeite em suas vasilhas e nas lâmpadas. Qualquer convidado sem lâmpada era considerado um estranho e não podia entrar na festa.

2. Correntes de interpretação. A primeira interpretação diz que as virgens representam o remanescente judeu (144 mil) salvo no período da Grande Tribulação. A segunda distingue os dois grupos como uma representação dos crentes salvos e dos crentes apenas nominais no seio da Igreja, quando da vinda de Cristo. Terceira interpreta as dez virgens como um todo e, também, cada crente individualmente.

3. Quem são as dez virgens? (Mt 25.1) Não são dez pretendentes do esposo. Nem são dez igrejas cristãs que competem pelo mesmo esposo. São, na verdade, os crentes individualmente que compõem o corpo da Igreja (a esposa do Cordeiro). O numero dez não tem um significado dogmático ou doutrinário e, sim, um sentido de inteireza. Representa a noiva na sua inteireza. Jesus via a Igreja como um todo, o corpo invisível em toda a Terra (1 Co 12.12,14,27). Ele via, também, a igreja local e visível, isto é, os membros em particular.

4. Por que as palavras “esposo” e “esposa”? No oriente, o noivado é tão serio quanto o casamento. Na historia bíblica a mulher comprometida em noivado era chamada esposa e, apesar de não estar unida fisicamente ao noivo, ela estava obrigada à mesma fidelidade como se estivesse casada (Gn 29.21; Dt 22.23,24; Mt 1.18,19). A Igreja é a esposa de Cristo porque está comprometida com Ele (Ap 19.7; 21.9; 22.17).

II. AS CONDIÇÕES ESPIRITUAIS DA ESPOSA (Mt 25.2-5)
1. Duas classes de crentes: os insensatos e os cautelosos. Essas duas classes são uma realidade espiritual na Igreja de Cristo. São identificadas por Jesus como loucas e prudentes. As loucas representam os cristãos insensatos e alienados espiritualmente. São aqueles cristãos que não agem racionalmente na sua vida de fé, por isso, não sabem o que estão fazendo. As prudentes representam os cristãos cautelosos e previdentes que matem uma vida de vigilância e espiritualidade.

2. Ingredientes indispensáveis para estar nas bodas. Aquelas virgens tinham vasilhas e lâmpadas (Mt 25.7-9). Mas precisavam, na verdade, ter o principal elemento: o azeite. As loucas não levaram azeite em suas vasilhas, mas as prudentes sim. Estavam devidamente preparadas. Aquelas virgens tinham que ter vestidos brancos de linha fino (Ap 19.8), lavados no precioso sangue do Cordeiro (Ap 7.14). Precisavam de calçados do Evangelho da Paz (Is 52.7; Ef 6.15). Tinham que ter com elas vasilhas de azeite (Mt 25.4; Ef 5.18) e o próprio azeite (Mt 25.3,4), que é o símbolo do Espírito Santo.

III. O TEMPO DAS BODAS – (Mt 25.6)1. O sentido do clamor da meia-noite. O texto diz: “Mas à meia-noite, ouvi-se um clamor” (Mt 25.6). Que representa a meia-noite? É o tempo do clímax da esperança da Igreja. É o fim e o principio de um tempo (dia, dispensação, era). É a hora do silencio total, quando todos dormem. Pode ser a consumação ou principio de um novo dia ou tempo. Não é difícil de estabelecer o tempo desse evento. Ele acontecera entre o arrebatamento da Igreja e a segunda fase da volta de cristo à terra. Ocorrerá, precisamente logo após o julgamento das obras dos crentes no tribunal de Cristo, visto que em Ap 19.8, a esposa aparece vestida de linho fino que “são as justiças dos santos”.

2. O Dia de Cristo (Fp 1.10). Na linguagem escatológica a palavra “dia” é interpretada, literal ou figuradamente, dependendo do seu contexto. Dia pode, então, representar ano, ou seja, um igual a um ano, conforme se percebe na profecia de Daniel capitulo 9. Destacamos no contexto bíblico quatro dias (anos, tempos) históricos para a humanidade: o “dia do homem” (1 Co 4.3), que compreende o tempo da historia da humanidade; o Dia de Cristo (Fp 1.10), que diz respeito, especialmente, ao tempo de sete anos, nos quais a Igreja estará no céu e, simultaneamente, ocorrera na Terra a Grande Tribulação; o Dia do Senhor (1 Ts 5.2), a manifestação pessoal e visível de Cristo no final da Grande Tribulação, e durará mil anos (Milênio); e, finalmente, o Dia de Deus (2 Pe 3.12,13), que é o tempo do Juízo Final e da restauração do Reino eterno.

Neste estudo, o Dia de Cristo abrange três fatos escatológicos especiais, os quais são: o encontro da Igreja com Cristo nas nuvens (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.14-17); o tribunal de Cristo (2 Co 5.10; Fp 1.10; 2 Co 1.14; Ef 5.27); e, as bodas do Cordeiro (Ap 19.7).

IV. CARACTERÍSTICAS DAS BODAS1. Lugar das bodas (Ap 19.1; 21.9). Pela ordem normal dos acontecimentos escatológicos, esse evento acontecerá no céu. Quando João declarou “ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão que dizia: Aleluia”, ele identificou naturalmente o lugar. Alegria e triunfo pelas vitorias do Cordeiro são demonstradas e, a seguir, surge a noiva do Cordeiro já glorificada, coroada e preparada para o glorioso casamento. Entendemos, então, que o céu é o lugar mais adequado para esse acontecimento extraordinário.

2. Participantes das bodas. O casamento é de Cristo e a Igreja, mas os convidados são muitos. De acordo com Dn 12.1-3 e Is 26.19-21, o Israel salvo da Grande Tribulação e os santos do Antigo Testamento são os convidados especiais. Devemos ter cuidado na interpretação desse evento para não confundirmos nem misturarmos os fatos que envolvem as bodas no céu e as bodas na terra. No céu, as bodas são da Igreja e o Cordeiro (Ap 19.7-9). Na Terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro (Mt 22.1-14; Lc 14.16-24; Mt 25.1-13). A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra, Israel estará esperando que o esposo venha convidá-los a conhecer a esposa (a Igreja), que estará reinando com Ele no período milenial.

CONCLUSÃONo céu, os salvos receberão as recompensas (coroas) por suas obras feitas na Terra, e as bodas do Cordeiro coroará a Igreja pela sua fidelidade a Cristo.

2 comentários:

  1. A Paz do Senhor!!!pastor Leonardo. eu sou Laérmison Couto.hoje sou ministro das Assembleia de Deus de Porto Velho/RO.e Estou na Venezuela como Missionario.Nasci e mi criei em Belém e toda minha familia esta em Belem/PA,nos conhecemos nas Vigilias abençoadas "do tempo do Irmao Alison,Joao Josiane,...aqui esta meu E MAIL:laermisoncouto@hotmail.com, será um prazer manter contato com o estimado Pastor."un abrazo amigo y quédate en la Santa Paz del Nuestro Señor Jesucristo.

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  2. Que ensino maravilhoso! Gostaria de aprender mais sobre Escatologia Bíblica.
    Meu e-mail: asuelide4@hotmail.com
    A paz do Senhor.
    Edileusa

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