domingo, 3 de maio de 2009

A CRUZ - O MENSAGEIRO DA CRUZ - PARTE 4


O CANAL DA VIDATemos dito que a nossa obra é dispensar vida a outros. Entretanto, nós mesmos não possuímos a vida para dar a outros, para avivar a outros e para suprir a outros. Nós não somos a fonte, mas o canal. A vida de Deus flui por meio de nós e flui do nosso interior. Somos os canais. Os canais não devem ser obstruídos senão a água não pode fluir por eles. A palavra da cruz efetua a obra de desobstrução, removendo tudo o que pertence a Adão e ao homem natural, a fim de que possamos receber a vida do Espírito Santo e Dele ser saturados. Dessa maneira,
 o nosso espírito constantemente carregará a cruz do Senhor até o ponto de a nossa vida tornar-se a vida de cruz. Trataremos esse ponto de forma breve. Uma vez que estejamos saturados do Espírito Santo e tenhamos a vida de cruz, o Espírito Santo nos usará para fluir a vida de cruz do nosso interior para os que estão ao nosso redor. Se realmente permitirmos à cruz que faça profunda obra em nós, a ponto de ficarmos preenchidos pelo Espírito Santo, espontaneamente deixaremos fluir vida para suprir os que contatamos, seja ao falar ou pregar em público ou a indivíduos. Isso não é algo que exije esforço intencional ou planejamento, mas algo muito espontâneo. Daremos fruto espontaneamente. Isso é o que o Senhor Jesus quis dizer em João 7:38: "Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva". Existem vários significados aqui. Seu ser mais interior primeiro deve ser esvaziado e receber o operar completo da cruz. Seu ser mais interior deve ser cheio da água viva do Espírito Santo. A vida nele não é suficiente apenas para sua própria necessidade, mas superabundante e suficiente a ponto de fluir dele rios de água viva para suprir a outros da mesma água viva. Devemos atentar à palavra "fluir" aqui. Não é por meio de manobras pela voz, pela psicologia, pela eloqüência, por doutrina ou por conhecimento. Embora tais métodos possam ajudar-nos algumas vezes, eles não são a água viva. Tampouco o emprego desses métodos é o fluir da água viva. Fluir é algo muito natural; não requer qualquer labor humano. Pelo contrário, tudo desliza normalmente. Não necessitamos de nenhuma eloqüência ou teoria. Precisamos somente pregar a palavra da cruz do Senhor fielmente e as pessoas receberão a vida de que carecem. A vida e o poder do Espírito Santo de alguma forma fluirão espontaneamente através do nosso espírito. Caso contrário, mesmo que ensinemos diligentemente, os ouvintes ouvirão indiferentemente! Algumas vezes podem ouvir atentamente e entender e ser tocados pelo que ouviram. Contudo, somente reagirão com a palavra "maravilhoso". Eles ainda não têm o poder e a vida para levar a cabo o que ouviram. Oh! que possamos ser os canais da vida de Deus hoje!
Para ser os canais, precisamos ter a experiência. Tratamos dessa questão no tópico anterior. A não ser que a tenhamos, o Espírito Santo não trabalhará conosco. Após receber o poder do Espírito Santo, todas as nossas obras serão em natureza um testemunho (Lc 24:48-49). Na verdade, toda a nossa obra é um testemunho para o Senhor. Uma testemunha não pode testificar o que não viu. Ninguém pode testificar o que não experimentou. Falando seriamente, a pessoa dá falso testemunho se não tem experiência do que prega! Se fizermos isso, o Espírito Santo não cooperará conosco. Outra coisa que deveríamos saber é que, quer esteja o Espírito Santo ou o espírito maligno operando, deve haver homens como canais de poder. Se não temos experiência do que pregamos, o Espírito Santo definitivamente não poderá usar-nos como Seu canal por meio do qual Ele emana Sua vida para o coração das pessoas.
Portanto, que a cruz que pregamos possa crucificar-nos nela! Que possamos tomar a cruz que pregamos! Que primeiro ganhemos a vida que desejamos dispensar a outros! Que a cruz que pregamos seja a cruz que diariamente experimentamos em nossa vida! Se a mensagem que pregamos deve ter efeito permanente, precisa primeiro tornar-se o alimento do nosso espírito. Ela precisa estar profundamente gravada em nosso coração e ser queimada e marcada em nossa vida pelos sofrimentos do viver diário. Por meio disso, cada ação nossa levará a marca da cruz. Somente os que trazem no corpo as marcas do Senhor Jesus (Gl 6:17) podem pregá-Lo. Irmãos, deixem-me dizer-lhes: embora os pensamentos que repentinamente cruzam sua mente ou o conhecimento que você adquire dos livros concedam-lhe o sorriso dos ouvintes, eles não terão efeito duradouro. Se a sua obra é apenas fazer as pessoas sorrirem, podemos achar que estamos fazendo grande obra com nossos sermões, meramente coletando algum material da mente e emoção. Esse, entretanto, não é o alvo da nossa obra!

O SUCESSO DO APÓSTOLOA mensagem da cruz tocou profundamente a Paulo. Sua vida foi uma manifestação da vida da cruz. Ele não somente pregava a cruz, mas vivia a cruz. A cruz que pregava era a cruz que vivia. Portanto, quando falava da cruz, podia acrescentar a ela a própria experiência e testemunho. Ele não apenas conhecia a morte substitutiva do Senhor Jesus, mas tomou a cruz do Senhor como sua cruz na experiência. Ele era capaz de dizer: "Estou crucificado com Cristo" (Gl 2:19) e "estou crucificado" (6:14). Sua humildade, paciência, enfermidades, prantos, sofrimentos e cadeias foram todos a manifestação da vida da cruz. Por ser alguém que vivia a cruz, ele podia pregar a cruz. As pessoas por vezes criticam os outros como os que não praticam o que pregam. Contudo, na verdade, ninguém pode sequer pregar o que não pratica! Porque Paulo era capaz de viver o seu evangelho, ele era apto a gerar muitos filhos espirituais por meio do evangelho. Ele mesmo possuía a vida de cruz. Como resultado, ele era capaz de "reproduzir" essa cruz no coração dos outros.

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