sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

ESCATOLOGIA - 6ª PARTE - ISRAEL O RELOGIO ESCATOLOGICO DE DEUS


Israel o Relógio Escatológico de Deus – Ezequiel 37.1-12

INTRODUÇÃOIsrael é um dos sinais mais evidentes na atualidade em relação à volta de Cristo. Sua restauração nacional, profetizada em Ezequiel 37.1-10 é, que, através de uma visão fala metaforicamente de “um vale de ossos”, teve inicio no século passado.

I. EIXO CENTRAL DO PROGRAMA ESCATOLOGICO DIVINO
A historia do plano divino em relação à humanidade tem seu eixo central na existência do povo de Israel. É o relógio pelo qual podemos acompanhar todos os eventos históricos e escatológicos do mundo. Jesus apontou-nos em sinal de sua vinda no sermão profético registrado em Lc 21.27-30: “E, então verão o filho do homem numa nuvem, com poder e grande gloria. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção esta próxima. E disse lhes uma parábola: Olhai para a figueira e para todas as arvores.
 Quando já começam a brotar, vós sabeis por vós mesmo, vendo as que perto esta o verão”.
Encontramos respaldo para crer na Palavra de Deus através das profecias bíblicas cumpridas e, a se cumprirem, nos fatos da vida de Israel.
1. Dispersão e regresso. Tanto as profecias sobre a dispersão do povo de Israel entre as nações quanto as referentes ao retorno a sua terra, tem tido o fiel cumprimento (Gn 12.1,2,7; Dt 32.9-11; Lv 26.33,36,37; Jr 24.6; Ez 36.24,28).

2. A reunião progressiva de Israel em sua terra. Há duas importantes reuniões de Israel na sua terra que mostram a veracidade da profecia bíblica. A primeira diz respeito ao sentimento de volta ao lar que tiveram todos os israelitas dispersos pelas nações. Esse sentimento se tornou forte com o movimento sionista iniciado em 1897 por Teodoro Herzl. Pouco a pouco, sistemática e continuamente, o povo começou a voltar. Não era um simples sentimento de um homem ou de um povo e, sim, um impulso do Espírito de Deus na mente e no coração de cada judeu disperso, em cumprimento da Palavra de Deus (Jr 24.6; Ez 36.24,28). Em 1948, Israel já estava bem instalado na Palestina e a sua proclamação pela ONU como Estado foi o clímax da efetivação da promessa divina quanto ao seu retorno.

3. A segunda reunião de Israel. Esta reunião acontecera no futuro próximo por ocasião da “angustia de Jacó”, conhecida como a Grande Tribulação (Ap 16.12-21). Esse evento escatológico será terrível e indescritível para o povo de Israel. Ele estará mobilizado para a grande batalha do Armagedom. Os reis da terra, isto é, os governantes do mundo todo estarão reunidos com seus exércitos e armas destrutivas para o maior combate já registrado na historia mundial. Talvez seja esta a terceira guerra mundial. Será no clímax dessa batalha que Jesus, o Messias, anteriormente rejeitado pelos israelitas, vira e destruirá os inimigos do seu povo, e implantara o Seu reino milenial (A 19.11-21). A profecia de Ezequiel 37.1-11 trata da restauração nacional, moral e espiritual de Israel. Alguns aspectos dessa profecia já tiveram o seu cumprimento e outros estão se cumprindo. Porem, o cumprimento total só acontecerá no período da Grande Tribulação e com a intervenção de Cristo, o Messias, em Jerusalém. Nesse período, a Igreja não estará na Terra, porque foi antes arrebatada para estar com o Senhor.

II. A DESTRUIÇÃO PROGRESSIVA DO POVO DO NORTEOs textos de Ez 38 – 39 e Jl 2.20 tratam a respeito da profecia bíblica sobre o bloco de nações ao norte de Israel.
1. As nações do Norte. Por causa da etnia dos povos que habitam aquela região vários nomes geográficos podem ser identificados. O profeta fala de Magogue, Mesegue e Tubal (Ez 38.2,3), regiões ocupadas pelos antigos citas e tártaros, as quais hoje correspondem à Rússia, Nome como o de Mesegue converteu se em Moscou ou Moskva. Tubal é a moderna cidade russa de Tobolsk. Em Ez 38.2 temos a palavra “chefe”, tradução do termo rosh, dando a idéia do nome Rússia. No bloco das nações aliadas aparecem os nomes de Gômer, Togarma (Ez 38.6). Gômer veio ser a Germânia (atual Alemanha) e, Togarma corresponde à Armênia e Turquia. Em Ez 38.5 destacam se os persas, os etíopes e Pute. Hoje, os persas são o Irã; os etíopes, a Etiópia; e Pute, a Líbia.

2. Queda e ressurgimento da confederação do Norte. Devemos entender que a queda da União Soviética não significa que a profecia tenha perdido sua validade. Na verdade, essa potencia mundial está se levantando e mostrando sua força, quando se esforça para participar das conversações de paz entre Israel e os paises árabes, aos quais ela sempre apoiou. Ela perdeu o seu poder sobre o aludido bloco de nações, e alguns estudiosos interpretam essa queda como algo para acontecer em plenitude no futuro. Parte dessa profecia já começou a ter seu cumprimento porque a Rússia caiu como potencia bélica e econômica.

3. A confederação do Norte combaterá a Besta na Grande Tribulação. A profecia diz que a confederação do Norte, tendo como líder Gogue, colocará seus exércitos contra a autoridade da Besta, ou seja, o Anticristo (Ez 38.2-6). A profecia indica que Gogue, chefe da terra de Magogue invadirá a terra de Israel nos últimos dias (Ez 38.8,16). É possível que essa invasão venha acontecer no período da Grande Tribulação. Os motivos principais para a invasão do “rei do norte” estão expostos em Ez 38.11,12. idéia de “tomar o despojo e de arrebatar a presa” não é difícil entender pelo fato de a antiga União Soviética ter perdido seus principais intelectuais e cientistas (na maioria judeus), os quais retornaram para Israel. Diz a Bíblia que esse invasor será destruído pela intervenção divina (Ez 38.20), nos montes de Israel (Ez 39.4). Então, as nações da Terra reconhecerão o Deus de Israel (Ez 39.21,22). Devemos entender que essa invasão nada tem a ver com a batalha do Armagedom, e a guerra da “semana profética” de Daniel (Dn 9.27). A batalha do Armagedom se dará no final da “semana”, pois o seu líder será o Anticristo, a Besta (Zc 12.3; 14.2; Ap 16.14).

III. O RESSURGIMENTO DO ANTIGO IMPÉRIO ROMANOOs texto de Dn 2.33,34,44; 9.24-27; 7.7,8,24,25; Ap 13.3,7; 17.12,13 são relativos à profecia sobre uma confederação de nações formadas na área geográfica do antigo Império Romano.
1. O sentido duplo de interpretação. Essa profecia, numa parte refere se literalmente àquelas nações adjacentes ao Mediterrâneo, as quais formavam o núcleo do Império Romano e, na outra parte, figuradamente refere se apenas às características daquele Império. Tal como existiu o Império Romano, também, se levantará um da mesma forma dentro da realidade atual.

2. A União Européia, uma sombra do antigo Império Romano. Especula se muito sobre a atual União Européia como um retrato dessa confederação profetizada. Não temos base consistente na Bíblia para afirmar positivamente. Mas não podemos evitar o fato de que as características dessa confederação profetizada (Dn 2.33,34,44) conferem com a profecia de Daniel. É perigoso estabelecer suposições como fatos. Por isso, o aconselhável é ficarmos dentro dos limites impostos pela profecia bíblica. No entanto, a evidencia dos sinais da vinda do Senhor Jesus em nossos dias é fortalecida pela clareza da profecia e do seu cumprimento.

CONCLUSÃOO sinal de Israel é revelado à Igreja pelo seu esplendido florescimento na Terra que Deus lhe prometera – a figueira brotando - , e pela sua influencia na marcha dos acontecimentos mundiais.

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