A HABILIDADE NATURAL
Já mencionamos anteriormente a questão das habilidades naturais. Algumas pessoas são mais inteligentes; são naturalmente mais espertas que outras. Algumas são muito eloqüentes; ao falar, seus argumentos são sempre muito razoáveis. Algumas são muito analíticas; podem analisar um problema de maneira lógica. Algumas são muito fortes fisicamente; podem laborar dia e noite sem nenhum descanso. Algumas são muito capazes; são muito boas em administrar negócios. Sabemos que Deus de fato utiliza as habilidades naturais do homem, mas o homem sempre toma ocasião do uso de suas habilidades por Deus para confiar em todas as habilidades naturais. Por exemplo, podemos ter aqui uma pessoa que é lenta na
comunicação, mas hábil em administrar negócios, e outra que pode ser muito eloqüente, mas incapaz de administrar negócios. Se o Senhor pedir que ambos dêem uma •mensagem, a primeira certamente sentirá que é lenta em se expressar e que deve, portanto, confiar totalmente no Senhor. A segunda considerar-se-á muito eloqüente. Embora também ore, ela não estará tão desesperada como a primeira. Por outro lado, se o Senhor pedir que ambas cuidem de um negócio, a primeira não confiará no Senhor tão desesperadamente quanto a segunda! A habilidade natural é o poder da vida da alma. Não nos damos conta de quanto confiamos em nós mesmos e de quanto dependemos do poder da alma quando trabalhamos! A vista de Deus, muitas e muitas das nossas obras são feitas pelo poder da alma.
A EMOÇÃO
Algumas emoções originam-se de nós mesmos. Outras originam-se de outras pessoas. Algumas vezes aqueles a quem amamos não são salvos ou não correspondem às nossas expectativas. Como resultado, ficamos inquietos. Damos o máximo para salvá-los ou edificá-los. Esse tipo de trabalho é quase sempre ineficaz, pois a sua motivação origina-se da emoção. Certas vezes recebemos uma graça especial de Deus; nosso coração enche-se de luz e regozijo. Parece que um fogo queima em nós, dando-nos alegria inefável. Nesses momentos, a presença de Deus torna-se muito real. Quando a alma é incitada dessa forma, as emoções tornam-se muito fortes. Em tais circunstâncias é fácil trabalhar pelo Senhor. Nosso coração sente como se estivesse a ponto de transbordar. Dificilmente podemos conter-nos de falar do Senhor aos outros. Geralmente, podemos estar cônscios que devemos ser cuidadosos com as palavras. Entretanto, nesses momentos quando o coração enche-se de especial luz, balbuciamos sem cessar sobre as coisas de Deus. Tais obras são totalmente da emoção. Alguns acham que só podem trabalhar quando sentem esse tipo de fogo no coração e quando eles mesmos são arrebatados como que ao terceiro céu. Quando o Senhor leva embora essa alegria "perceptível", eles sentirão que toneladas de peso estão em seus ombros e não podem dar um passo mais. Algumas vezes o seu coração está frio como gelo; não há sequer uma emoção. Em tais momentos, sentem que não podem mais pregar. Sentem-se secos e frios no interior. Como resultado, são incapazes de trabalhar. Mesmo ao obrigar-se a trabalhar, não têm o menor gosto pelo que fazem. Seu labor é totalmente controlado pelos sentimentos interiores. Quando os sentimentos corretos estão presentes, eles levantam vôo como águias. Quando esses sentimentos se vão, eles vacilam e recusam-se a prosseguir. Sentimentos, estímulos e emoções são parte da vida da alma. Portanto, os santos que são dominados por sentimentos, estímulos e emoções trabalham pelo poder da vida da alma; ainda não estão capacitados a levar essas coisas à morte nem são capazes de trabalhar no espírito.
A MENTE
Nosso trabalho é sempre influenciado ou controlado pela mente. Por não saber como buscar a vontade de Deus, muitas vezes tomamos os pensamentos da mente como se fosse a vontade de Deus e nos desviamos. Acompanhar a mente e estabelecer a conduta de alguém na mente é algo muito perigoso. Algumas vezes, quando preparamos uma mensagem, esforçamo-nos para exercitar a mente e preparar resumos, seções, exposições, significados e exemplos. Esses sermões são muito mortos; podem prender a atenção das pessoas e causar certo interesse, mas não podem dispensar vida aos outros.
Existe outro trabalho da mente. Creio que muitos obreiros de Deus freqüentemente encontram-se envolvidos nesse indesejável trabalho. É a memória. Nós, por vezes, pregamos aos outros a partir da memória! Memorizamos as mensagens que ouvimos e falamos aos outros a partir do que lembramos. Às vezes falamos às pessoas partindo das passagens da Bíblia que memorizamos ou de velhos sermões, velhos comentários. Tudo isso são obras da mente. Não quer dizer que nunca tenhamos experimentado o que pregamos. Talvez o que saibamos e lembremos sejam coisas ensinadas por Deus. Talvez realmente tenhamos experimentado as coisas que sabemos e lembramos. Entretanto, isso não descarta o fato de que ainda são obras da mente. Podemos ter experimentado uma verdade, que ao tempo da nossa experiência pode ter sido vida para nós. Contudo, após um tempo o conhecimento da verdade permanece somente na nossa cabeça. Começamos a pregar de memória a verdade que experimentamos anteriormente, mas isso se tornou mero trabalho da mente. Nossa mente e memória são órgãos da alma. Confiar nelas significa confiar no poder da vida da alma. Ainda estamos sob o controle da vida natural.
Essas três coisas são os itens principais da obra da alma. Tal obra anímica não é pecado; não significa que seja absolutamente incapaz de salvar pessoas. Entretanto, os frutos serão escassos. Deveríamos vencer essa obra da alma confiando na cruz. O Senhor Jesus disse-nos que a vida da alma deveria cair na terra e morrer como um grão de trigo. Segundo a experiência, amamos muito as habilidades naturais. Amamos os sentimentos e confiamos na mente. Porém, o Senhor disse-nos que deveríamos odiar a vida da alma. Se não a odiarmos, pelo contrário, a amarmos, perderemos o poder da vida espiritual sobrenatural. Nessa questão, a morte da cruz deve realizar uma profunda obra. Devemos entregar à cruz a vida da alma que apreciamos. Devemos estar dispostos a morrer com o Senhor aqui e a remover a dependência das habilidades naturais, dos sentimentos e da mente. Não removemos essas obras com relutância. Pelo contrário, odiámos de âmago delas. Em nossa obra, devemos não somente estar despreocupados sobre ter ou não habilidades naturais, sobre ter ou não emoções e pensamentos, mas devemos ir além e nutrir uma aversão por tal vida natural e estar dispostos a entregá-la à crucificação.
Se tivermos a atitude constante de odiar a vida da alma do lado negativo, e se não formos em nada transigentes, aprenderemos na experiência a confiar no poder da vida espiritual e produzir fruto para Deus.
Já mencionamos anteriormente a questão das habilidades naturais. Algumas pessoas são mais inteligentes; são naturalmente mais espertas que outras. Algumas são muito eloqüentes; ao falar, seus argumentos são sempre muito razoáveis. Algumas são muito analíticas; podem analisar um problema de maneira lógica. Algumas são muito fortes fisicamente; podem laborar dia e noite sem nenhum descanso. Algumas são muito capazes; são muito boas em administrar negócios. Sabemos que Deus de fato utiliza as habilidades naturais do homem, mas o homem sempre toma ocasião do uso de suas habilidades por Deus para confiar em todas as habilidades naturais. Por exemplo, podemos ter aqui uma pessoa que é lenta na
comunicação, mas hábil em administrar negócios, e outra que pode ser muito eloqüente, mas incapaz de administrar negócios. Se o Senhor pedir que ambos dêem uma •mensagem, a primeira certamente sentirá que é lenta em se expressar e que deve, portanto, confiar totalmente no Senhor. A segunda considerar-se-á muito eloqüente. Embora também ore, ela não estará tão desesperada como a primeira. Por outro lado, se o Senhor pedir que ambas cuidem de um negócio, a primeira não confiará no Senhor tão desesperadamente quanto a segunda! A habilidade natural é o poder da vida da alma. Não nos damos conta de quanto confiamos em nós mesmos e de quanto dependemos do poder da alma quando trabalhamos! A vista de Deus, muitas e muitas das nossas obras são feitas pelo poder da alma.
A EMOÇÃO
Algumas emoções originam-se de nós mesmos. Outras originam-se de outras pessoas. Algumas vezes aqueles a quem amamos não são salvos ou não correspondem às nossas expectativas. Como resultado, ficamos inquietos. Damos o máximo para salvá-los ou edificá-los. Esse tipo de trabalho é quase sempre ineficaz, pois a sua motivação origina-se da emoção. Certas vezes recebemos uma graça especial de Deus; nosso coração enche-se de luz e regozijo. Parece que um fogo queima em nós, dando-nos alegria inefável. Nesses momentos, a presença de Deus torna-se muito real. Quando a alma é incitada dessa forma, as emoções tornam-se muito fortes. Em tais circunstâncias é fácil trabalhar pelo Senhor. Nosso coração sente como se estivesse a ponto de transbordar. Dificilmente podemos conter-nos de falar do Senhor aos outros. Geralmente, podemos estar cônscios que devemos ser cuidadosos com as palavras. Entretanto, nesses momentos quando o coração enche-se de especial luz, balbuciamos sem cessar sobre as coisas de Deus. Tais obras são totalmente da emoção. Alguns acham que só podem trabalhar quando sentem esse tipo de fogo no coração e quando eles mesmos são arrebatados como que ao terceiro céu. Quando o Senhor leva embora essa alegria "perceptível", eles sentirão que toneladas de peso estão em seus ombros e não podem dar um passo mais. Algumas vezes o seu coração está frio como gelo; não há sequer uma emoção. Em tais momentos, sentem que não podem mais pregar. Sentem-se secos e frios no interior. Como resultado, são incapazes de trabalhar. Mesmo ao obrigar-se a trabalhar, não têm o menor gosto pelo que fazem. Seu labor é totalmente controlado pelos sentimentos interiores. Quando os sentimentos corretos estão presentes, eles levantam vôo como águias. Quando esses sentimentos se vão, eles vacilam e recusam-se a prosseguir. Sentimentos, estímulos e emoções são parte da vida da alma. Portanto, os santos que são dominados por sentimentos, estímulos e emoções trabalham pelo poder da vida da alma; ainda não estão capacitados a levar essas coisas à morte nem são capazes de trabalhar no espírito.
A MENTE
Nosso trabalho é sempre influenciado ou controlado pela mente. Por não saber como buscar a vontade de Deus, muitas vezes tomamos os pensamentos da mente como se fosse a vontade de Deus e nos desviamos. Acompanhar a mente e estabelecer a conduta de alguém na mente é algo muito perigoso. Algumas vezes, quando preparamos uma mensagem, esforçamo-nos para exercitar a mente e preparar resumos, seções, exposições, significados e exemplos. Esses sermões são muito mortos; podem prender a atenção das pessoas e causar certo interesse, mas não podem dispensar vida aos outros.
Existe outro trabalho da mente. Creio que muitos obreiros de Deus freqüentemente encontram-se envolvidos nesse indesejável trabalho. É a memória. Nós, por vezes, pregamos aos outros a partir da memória! Memorizamos as mensagens que ouvimos e falamos aos outros a partir do que lembramos. Às vezes falamos às pessoas partindo das passagens da Bíblia que memorizamos ou de velhos sermões, velhos comentários. Tudo isso são obras da mente. Não quer dizer que nunca tenhamos experimentado o que pregamos. Talvez o que saibamos e lembremos sejam coisas ensinadas por Deus. Talvez realmente tenhamos experimentado as coisas que sabemos e lembramos. Entretanto, isso não descarta o fato de que ainda são obras da mente. Podemos ter experimentado uma verdade, que ao tempo da nossa experiência pode ter sido vida para nós. Contudo, após um tempo o conhecimento da verdade permanece somente na nossa cabeça. Começamos a pregar de memória a verdade que experimentamos anteriormente, mas isso se tornou mero trabalho da mente. Nossa mente e memória são órgãos da alma. Confiar nelas significa confiar no poder da vida da alma. Ainda estamos sob o controle da vida natural.
Essas três coisas são os itens principais da obra da alma. Tal obra anímica não é pecado; não significa que seja absolutamente incapaz de salvar pessoas. Entretanto, os frutos serão escassos. Deveríamos vencer essa obra da alma confiando na cruz. O Senhor Jesus disse-nos que a vida da alma deveria cair na terra e morrer como um grão de trigo. Segundo a experiência, amamos muito as habilidades naturais. Amamos os sentimentos e confiamos na mente. Porém, o Senhor disse-nos que deveríamos odiar a vida da alma. Se não a odiarmos, pelo contrário, a amarmos, perderemos o poder da vida espiritual sobrenatural. Nessa questão, a morte da cruz deve realizar uma profunda obra. Devemos entregar à cruz a vida da alma que apreciamos. Devemos estar dispostos a morrer com o Senhor aqui e a remover a dependência das habilidades naturais, dos sentimentos e da mente. Não removemos essas obras com relutância. Pelo contrário, odiámos de âmago delas. Em nossa obra, devemos não somente estar despreocupados sobre ter ou não habilidades naturais, sobre ter ou não emoções e pensamentos, mas devemos ir além e nutrir uma aversão por tal vida natural e estar dispostos a entregá-la à crucificação.
Se tivermos a atitude constante de odiar a vida da alma do lado negativo, e se não formos em nada transigentes, aprenderemos na experiência a confiar no poder da vida espiritual e produzir fruto para Deus.
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