quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ESCATOLOGIA - 1ª PARTE - A IMPORTÂNCIA DA ESCATOLOGIA BÍBLICA


Estaremos abordando assuntos de grande importancia para a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, confiamos que Deus nos ajudará a esclarecer algumas duvidas, esperamos que este artigo seja de alguma forma uteis para você.
Começaremos com:

A Importância da Escatologia Bíblica – 1 João 2.18-25,28


INTRODUÇÃO
Escatologia é um termo constituído de duas palavras gregas: escathos e logos, que se traduzem
 por “ultimas coisas” e “tratado” ou “estudo”. É o estudo acerca de coisas e eventos futuros profetizados na Bíblia. Nas primeiras palavras do texto de Ap. 1.1 podemos entender o sentido da escatologia para a Igreja: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer”. Em resumo, significa para os cristãos “o estudo ou a doutrina das ultimas coisas”.


I. O CAMPO DA ESCATOLOGIA BIBLICA
1. A escatologia tem sua base na revelação divina. A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da sua revelação e formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19). A partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina. Toda a revelação aponta para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é identificada como “peregrino e forasteiro”, 1 Pe. 2.11. Ela existe por causa da esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1 Ts 4.13). A esperança indica uma meta; traça planos para um futuro. O mundo pagão se fecha dentro de um fatalismo histórico, sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.

2. A escatologia pertence ao campo da profecia. A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os textos proféticos das Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e definidas quando se tem o cuidado de interpreta-las seguindo os princípios de interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário. O apostolo Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugares escuros, ate que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração”, 2 Pe. 1.19. Na verdade, o apostolo procura contrastar as idéias humanas com a palavra da profecia escrita na Bíblia. Ele fortalece a origem divina das Escrituras e da sua profecia. Não podemos duvidar nem admitir falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo ( 2 Tm 3.16). A inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus. Outros sim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”, 2 Pe 1.20.21


II. MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA
Na historia da Igreja tem sido adotado vários métodos de interpretação no que concerne as escrituras proféticas. Eles tem produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a serem cautelosos. Há idéias divergentes, por exemplo, com respeito ao arrebatamento da Igreja. Alguns o admitem antes e outros crêem que se dará no meio da Grande Tribulação. As teorias são varias, mas precisamos ser definidos sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a nossa atenção.

1. O método alegórico ou figurado. Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer também uma interpretação moral ou figurada”. Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o seu sentido real, figurado ou literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de somenos importância. Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos proféticos perderem o significado para alguns cristãos.Quando o sentido de uma profecia é literal e se interpreta alegoricamente, se está, de fato, pervertendo o verdadeiro sentido da Escritura, como pretexto de se buscar um sentido mais profundo ou espiritual. Por exemplo, há os que interpretam o Milênio alegoricamente. Não acreditam num Milênio literal. Por esse modo, alem de mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a esperança da Igreja.Tenhamos cuidado com interpretações feitas superficialmente ao bel prazer das especulações do interprete, com idéias próprias ou ao que lhe parece razoável. Declarações como: “eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de interpretações vaidosas, irresponsáveis e vazias de temos a Deus. Portanto, o método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em Gálatas 4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sombras de eventos futuros.

2. O método literal e textual. Esse é o método gramático histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que cremos na inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para o fato de que há textos que tem apenas um sentido espiritual, sem que exija, obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada.Ambos os métodos são validos, mas devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma perfeita relação entre as verdades literais e linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando literalmente de um homem, cujo o nome de fato era João. Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João Batista, ao identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, João 1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para donatar o sentido literal da pessoa de Jesus.


III. A PROFECIA NA PERSPECTIVA ESCATOLOGICAS
Não entendemos a profecia bíblica se a confundirmos com o “o dom da profecia”. A profecia bíblica tem um caráter inerrável, porque ela está nas Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. A profecia como dom do Espírito, tem sua importância no contexto da Igreja de Cristo na terra, pois depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e julgamento ( 1Co 14.29), e não pode ter validade se a mesma choca-se com o ensino geral das Escrituras.

1. A profecia cumprida e a futura. Para que a profecia bíblica tenha o credito que merece, devemos estuda-la no que concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande parte dos livros da Bíblia contem predições. Quando estudamos as profecias cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino, e fazer distinção com a s profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e disse: “Ele vos ensinará e vos anunciará as coisas que hão de vir”. Jô. 16.13

2. A profecia e o ministério da Palavra. Toda declaração bíblica sobre profecia é tão incrível quanto aquelas declarações históricas. Certo autor de teologia declarou que “a historia da raça humana é a historia da comunicação de Deus com o homem”. Deus mesmo recorre à sua Palavra, não como uma simples evidencias da verdade declarada, mas como a única forma pela qual nós podemos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a historia do passado, presente e futuro. Devemos ter confiança de que assim como teve cumprimento a Palavra de Deus no passado e o tem no presente, o mesmo acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.


CONCLUSÃO
As Escrituras Sagradas apresentam um só sistema de verdade. Não importa o que dizem as varias escolas de interpretação. Suas interpretações podem ate variar e ate estar equivocadas. E, nem a Bíblia se presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma parte do plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões humanas tem valor enquanto estiverem em conformidade com as Escritura.

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