sábado, 21 de novembro de 2009

PARACLETOLOGIA - A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO - 11ª PARTE


XVI
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

Vejamos o que Paulo diz aos crentes de Corintios “Acerca dos dons espirituais não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (1 Co 12.1).

 A DIVISÃO DOS DONS
• Dons de Revelação. A palavra de Sabedoria, A palavra de Conhecimento e o Discernimento de espírito.
• Dons de Poder. A fé, Os Milagres e os dons de Curar.
• Dons de Expressão. A Profecia, As Línguas e a Interpretação de Línguas.

 EXAMINANDO OS DONS


 DONS DE REVELAÇÃO
• Palavra do Conhecimento
• Palavra de Sabedoria
• Discernimento de espíritos.
Os Dons de Revelação se manifestam no espírito da pessoa. Ao analisarmos distintamente sabedoria e conhecimento, devemos notar a diferença fundamental: Sabedoria é o conhecimento aplicado e o conhecimento é um requisito para o ensino, ninguém pode ensinar sem primeiro saber. A sabedoria é ação na base do conhecimento.

 A Palavra do Conhecimento
O dom da Palavra do Conhecimento vem do Espírito Santo, sendo Ele Deus, sabe todas as coisas. Quando Jesus foi chamado “O verbo” em João 1.1, 14, trazia no seu titulo a revelação de um Deus invisível: “ninguém jamais viu a Deus, o Deus unigênito, que esta no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1.18), no que diz respeito a Palavra do Conhecimento, podemos dizer que é um ato sobrenatural do Espírito Santo, revelando aos seus servos uma “palavra” – uma revelação, uma expressão suficiente e adequada do conhecimento e sabedoria de Deus. O conhecimento que ele proporciona neste dom é uma medida da compreensão da vida inteira e do universo possuída pela mente de Deus, o Espírito Santo tira uma parte do inesgotável oceano para outorgar aos seus servos, está escrito sobre o conhecimento de Deus: “Tu sabes todas as coisas” (Jo 21.17), “Nele todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos” (Cl 2.3).

 Conhecendo os Acontecimentos
Deus em sua Onisciência e Onipresença sabe tudo que acontece em toda parte, pois vejamos alguns exemplos desse conhecimento:
• Jesus viu a Natanael (Jo 1.48), sabia que Lazaro tinha morrido (Jo 11.14), conhecia a vida da mulher samaritana ( Jo 4.18), Elizeu sabia onde se encontrava o exercito sírio ( 2 Rs 6.8-12), ele sabia que Geasi tinha ido após Naamã ( 2 Rs 5.26), Pedro sabia que três homens esperavam-no no porto (At 10.19-20), Samuel sabia que Saul vinha falar com ele (1 Sm 9.15-16), casos como estes são exemplos da revelação de Deus de Palavra de Conhecimento acerca de fatos e acontecimentos.

 A Palavra da Sabedoria
Como falamos anteriormente sabedoria é o conhecimento aplicado, ela constrói com o material fornecido pelo conhecimento, a sabedoria entende todos os fatos e princípios.
Seu objetivo é realizar os fins que vão glorificar a Deus. A sabedoria de Deus é a habilidade e a disposição de utilizar o conhecimento infinito de maneira mais proveitosa.
A sabedoria de Deus existe desde antes do principio (Pv 8.22-30), Cristo é a própria sabedoria de Deus (1 Co 1.24).

 Orientação Pessoal
Deus às vezes dá orientações especificas e pessoais através da “palavra de sabedoria”, “Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também a Tito. Subi em obediência a uma revelação...” (Gl 2.1-2). “Revelação” é outra maneira de ser referir a “palavra de sabedoria” (1 Co 14.6,26). Foi o Espírito Santo que orientou a igreja em Antioquia a separar para a obra missionária, Barnabé e Saulo (At 13.2).

• A Palavra de Sabedoria e o Pregador
“E não podiam resistir a sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava” (At 6.10), esta sabedoria se manifestou no ministério de Paulo (Cl 1.28). A palavra de sabedoria se outorga aqueles que pregam o evangelho, enquanto eles apresentam no poder do Espírito Santo.

 Discernimento de espírito
Se dividir-mos o mundo espiritual, encontraremos o bem e o mal. Deus e o Diabo chefiam estas duas esfera. Estas duas esferas ou reinos opõem-se e se combatem. Deus Espírito Santo é comandante Divino, ele habita nos crentes concedendo à eles a maior arma de defesa e ataque nesta guerra, o discernimento de espíritos.

 Possessão Demoníaca
A Bíblia fala de mudos endemoninhados (Mt 9.32 ; Mc 9.17), cegos endemoninhados (Mt 12.22), espíritos mudos e surdos (Mc 9.25), espíritos de enfermidades (Lc 13.11-16),ainda havia casos de simples endemoninhados (Mt 4.24 ; 8.16-18 ; At 8.7 ; 16.6). O dom de discernimento de espírito capacita o obreiro para se aproximar de tais casos com conhecimento e compreensão, e, com autoridade divina, ele expulsa os espíritos malignos (Mc 16.17).

• O dom em operação
Em Chipre Paulo teve discernimento da força que agia na vida de Elimas (At 13.9-11), em Filipos, Paulo e Silas tiveram discernimento da jovem possessa que apesar da mensagem, estava influenciada por espíritos malignos (At 16.18), Pedro teve discernimento quando Ananias e Safira tiveram seus corações cheios de mentira pelo diabo (At 5.3). Vemos em todas estas passagens que o Espírito Santo através do discernimento desmascarou o diabo e seus planos.

 A operação e necessidade deste dom hoje
“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e ensinamentos de demônios” (1 Tm 4.1), este versículo revela uma sutil artimanha de satanás, inventando e propagando doutrinas falsas, muito mais nos últimos dias, nos últimos dias também haverá falsos profetas realizando sinais através de espíritos malignos (2 Ts 2.9). O discernimento de espírito é a resposta divina a esta tática de satanás.

 DONS DE PODER
• Dom de Fé
• Dons de Curar
• Dom de Milagres

 Dom de Fé
Existem três classes de fé; A fé salvadora, proveniente da pregação do evangelho (Rm 10.17); A fé genérica cresce da semente original da fé salvadora, e ela varia com o estagio de desenvolvimento do crente (pouca fé, grande fé, etc.), a fé genérica cresce como resultado de nos alimentar-mos na Palavra, sendo exercitada através das circunstancias da vida. Contudo, o Dom de Fé tem a função superior e ate mesmo o mais alto nível de fé genérica. A fé aqui tratada é o poder com que Deus fala, e, ao falar faz as coisas acontecerem (Gn 1.3,6-7 ; 9.14,20,24).
Alguns tradutores chamam o Dom de Fé de “Fé Especial”. Isto indica uma fé concedida pelo Espírito Santo em circunstancias especiais. Isso sugere ainda que este dom não é residente permanentemente em nenhum crente, mas que cada manifestação é um dom de fé separado.
Este tipo de fé manifestou na vida de Elias quando este declarou ao rei Acabe que não choveria até que ele falasse a palavra, e, então choveria novamente de acordo com sua palavra (1 Rs 17.1), o Dom de Fé produziu o milagroso cumprimento dessa profecia. Foi com esta fé que Cristo transformou a água em vinho, multiplicou os Paes e peixes, a fé produziu a palavra de autoridade divina.

 Dons de Curar
São os mais freqüentes dos dons de poder, funcionam sobrenaturalmente para se curar doenças e enfermidades sem ajuda de meios naturais de nenhum tipo, é o poder do Espírito Santo que vem sobre o corpo de uma pessoa, dissolvendo as suas enfermidades.

 O poder de Jesus cura
“... e curou todos os que estavam doentes, pra que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaias: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças.” (Mt 8.16-17), pois Jesus foi ungido com esse propósito (At 10.38), “...Para isso se manifestou o filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3.8), e este mesmo poder é transmitido aos crentes cheios do Espírito Santo (Jo 14.10-12), mediante os “Dons de Curar”.

 O resultado do pecado – doenças
“Por que motivo não se devia livrar deste cativeiro,..., esta filha de Abraão, a quem satanás trazia pressa...” (Lc 13.16). No Éden quando Adão e Eva pecaram, iniciou-se o processo de morte. A enfermidade é a principal causa deste mal, “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens...” (Rm 5.12), se a morte passou a todos os homens então todos estão sujeitos a doenças também.
 A cura incluída na expiação
“... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29), em 1 Jo 2.2, diz que Jesus é a propiciação pelos nossos pecados, “mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Is 53.5). A cura das doenças constitui uma parte de nossa redenção, e tal fato nos ensina a reclamar este direito de nossa herança.

 Dom de Operações de Milagres
O uso da palavra milagre neste caso se refere a atos de poder. Assim, chegamos ao dom de operações de milagres, algo distinto do dom de fé. Estevão ministrava ambos os dons. Embora semelhantes na sua natureza, o Espírito os reconhece separadamente, “A outro, no mesmo Espírito, fé..., e a outro, operações de milagres...” (1 Co 12.9-10).

 Milagres operados por Paulo e Pedro
Paulo operou milagres na igreja dos gálatas (Gl 3.5), em 2 Co 12.12, aparece como sinal do seu apostolado, em Atos 19.11-12, Deus realizava milagres extraordinários pelas mãos de Paulo. Pedro também operou milagres libertando o paralitico Enéias e devolvendo a vida a Dorcas (At 9.32-43), sua sombra comunicou cura aos doentes sobre os quais se projetava (At 5.12-16).

 Definição de Milagres
É o poder Divino sobrenatural para alterar o curso da natureza. Lemos quando Elizeu fez flutuar o ferro do machado que havia afundado no rio (1 Rs 6.1-6), contrariando o curso da natureza, Arão lançou a sua vara e esta virou uma serpente (Ex 7.10), tornou a água em sangue (Ex 7.20), foram milagres extraordinários.

 Cristo – Batismo – Milagres
Cristo prometeu poder aos seus discípulos ao receberem o Espírito Santo (At 1.8), deveriam porem ficar em Jerusalém (Lc 24.49), e prometeu em Marcos 16.20, confirmar a pregação dos discípulos com sinais e prodígios, o dom de operação de milagres é dado a igreja para realizar a promessa acerca do batismo no Espírito Santo.

 Dons de Expressão• Dom de Profecia
• Dom de Línguas
• Dom de Interpretação de Línguas

 Dom de Profecia
Com uma tradução simples a palavra profetizar significa “proferir palavras inspirada”. De acordo com 1 Cr 14.31, todos os crentes podem exercitar este dom em alguma ocasião, conforme o Espírito desejar

 Os elementos da profecia
• Edificação
Jesus disse: “edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). O Espírito Santo é o construtor da Igreja. Edificar os santos na fé santíssima (Jd 20) é construir um santo templo no Senhor (Ef 2.21-22), fortalecer os santos, aumentar-lhe a fé e desenvolver-lhe o caráter cristão são os objetivos do Espírito Santo através dos crentes sob forma de profecia.

• Exortação
A exortação é uma face tão distinta do dom de profecia que também é chamada de dom (Rm 12.8), uma torrente de palavras vibrantes da parte do Espírito Santo que se dirigem aos santos e pecadores com um apelo de arrependimento, obediência e fé, por meio da profecia.

• Consolação
Jesus nos deu um dos mais importantes nomes do Espírito Santo – Consolador (Jo 14.16,26).Sendo este seu próprio nome, não surpreende que um dos seus dons tenha como objetivo a consolação dos santos, “... para todos serem consolados” (1 Co 14.31), o Senhor nos fala sobre sua segunda vinda, “... as coisas que hão de vir” (Jo 16.13), para que sejamos consolados com estas palavras (1 Ts 4.16-18).

 Ensino Bíblico sobre o Dom de Profecia
• É para falar sobrenaturalmente aos homens – 1 Co 14.3
• A profecia não requer nenhuma interpretação
• A profecia convence os ignorantes ou incrédulos – 1 Co 24.25
• A profecia funciona de maneira que os crentes possam aprender – 1 Co 14.31
• Todos devem desejar e anelar por este dom – 1 Co 14.1,39
• Devido ao fato de que o elemento humano é falível a profecia precisa ser julgada – 1 Co 14.29

 Como julgar uma profecia
• Nunca contradiz a Palavra escrita de Deus. Portanto todas as expressões verbais proféticas devem ser “testadas” pela Palavra de Deus
• Sempre exalta a Jesus Cristo e nunca o difama
• Edifica, Exorta e Consola os crentes, ela nunca deve deixá-los confusos, angustiados e incertos

 O Dom de Línguas e Interpretação
As línguas quando acompanhadas de interpretação equivalem à profecia. As línguas estranhas foram prometidas pelo Senhor Jesus como sinal de fé: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem... falarão novas línguas” (Mc 16.17), sua primeira evidencia esta registrada em At 2.4, “e passaram a falar em outras línguas”. Seu uso na igreja deve ser motivado pelo amor (1 Co 13.1) e acompanhado por interpretação (1 Co 14.5,13,28).

 As línguas são sinal
“Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos... De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos...” (1 Co 14.21-22 ; At 2.5-11).

 Oração e Línguas
Lemos em 1 Co 14 que o principal uso das línguas é na oração e louvor, “pois quem fala em outra línguas não fala a homens, senão a Deus,visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistério” (1 Co 14.2), devemos também orar no Espírito (1 Co 14.15), através do oração o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26).

 Como devem se manifestar em culto publico
Não há proibição de se falar em línguas, contanto que haja interpretação para que a igreja receba edificação (1 Co 14.27), as línguas constituem uma manifestação do Espírito Santo dada a congregação visando a um fim proveitoso (1 Co 12.7), “Portanto, meus amados..., e não proibais o falar em outras línguas” (1 Co 14.39).

 Interpretação de Línguas
Este é o dom “companheiro” do dom de línguas e é sempre usado conjuntamente com este dom. É a capacitação sobrenatural pelo Espírito Santo de se interpretar uma expressão verbal em línguas para a língua materna da congregação. Podemos acrescentar:
• A interpretação de línguas não tem nada haver com a interpretação das escrituras
• A interpretação de línguas é um dom sobrenatural e depende totalmente do dom de línguas e não pode funcionar separadamente.

Espero que este estudo traga despertamento espiritual e que você busque com intusiasmo os Dons do Espírito Santo

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