quinta-feira, 30 de abril de 2009

A CRUZ - O MENSAGEIRO DA CRUZ - PARTE 1


O MENSAGEIRO DA CRUZUltimamente muitas pessoas parecem estar cansadas de ouvir a palavra da cruz. Entretanto, agradecemos e louvamos a Deus Pai por Ele ter reservado para Seu próprio nome muitos fiéis que não dobraram os joelhos a Baal. Todavia, sinto que há algo que os fiéis servos de Cristo devem conhecer. Por que, após haverem labutado tanto na pregação a respeito da cruz, os resultados têm sido tão desencorajadores e as pessoas não têm tido muita mudança em sua vida após ouvir a verdadeira Palavra de Deus? Penso que esse problema é digno da nossa maior atenção.
 Nós, que laboramos pelo Senhor devemos entender por que os outros não são subjugados pelo evangelho que pregamos. Espero que possamos orar calmamente diante do Senhor e pedir que o Espírito de Deus ilumine nosso coração a fim de sabermos onde se encontra nossa falha.
No tempo presente, deveríamos atentar à palavra que pregamos. Não precisamos mencionar os que pregam o falso evangelho. A crença deles de qualquer forma está errada. O que pregamos é a crucificação do Senhor Jesus Cristo e como ela salva os pecadores da condenação do pecado e do poder do pecado. Ao pregar, damos muita atenção ao esboço, à lógica e ao pensamento. Fazemos o melhor que podemos para tornar nosso falar claro. Dessa forma, mesmo a pessoa mais iletrada pode entender. Também damos atenção à psique do homem e empenhamo-nos o máximo em nossa eloqüência para corresponder ela. O que pregamos é verdadeiro e bíblico: o nosso tema é a cruz do Senhor Jesus. Sabemos que o Senhor Jesus morreu pelos pecadores na cruz para que todo o que Nele crê seja salvo à parte de qualquer obra. Também sabemos que a crucificação do Senhor Jesus não visa somente a substituição, mas também a crucificação do pecador e juntamente com ele seu pecado. Conhecemos a maneira de ser salvos. Sabemos como morrer com o Senhor, como aplicar a morte do Senhor pela fé e como morrer com Ele a fim de lidar com o pecado e o ego. Também temos clareza acerca de outras doutrinas afins na Bíblia. A nossa pregação é apresentada de maneira exata e clara para que qualquer dos ouvintes possa compreendê-la. Os ouvintes prestam muita atenção a nós quando pregamos a cruz do Senhor; eles gostam dela e são tocados por ela. Podemos mesmo ser dotados de eloqüência e ser aptos a apresentar a verdade de modo persuasivo. Podemos pensar que nossa obra é muito eficaz! Sob tais circunstâncias, deveríamos ver muitas pessoas recebendo vida e muitos crentes ganhando a mais abundante vida. Entretanto, os resultados são contrários ao que esperamos. Embora os ouvintes sejam tocados no local de reunião, eles não ganham qualquer coisa que esperávamos vê-los ganhar após deixar o local de reunião, muito embora as palavras ainda estejam frescas na mente deles. Eles não têm qualquer mudança em sua vida. Entendem o que pregamos, mas isso não tem qualquer influência em seu viver diário. Apenas armazenam no cérebro a palavra pregada. Eles não a aplicam no coração.
Uma possível explicação para isso é que o que você possui é apenas eloqüência, palavras e sabedoria. É como se atrás de suas palavras não houvesse o poder que toca o coração das pessoas. Você tem as melhores palavras e a melhor voz, contudo atrás das palavras e da voz você não tem o tipo de poder que "controla" a vida das pessoas. Em outras palavras, você pode fazer com que as pessoas ouçam-no atentamente no local de reunião, mas o Espírito Santo não coopera com você. Portanto, seu labor é ineficiente e não produz resultados duradouros. Suas palavras não conseguem deixar marca duradoura na vida das pessoas. Apesar de da sua boca fluírem palavras, de seu espírito não flui vida para alimentar, levantar e vivificar os ouvintes que perecem.
Nos últimos anos, o Senhor tem-me dito para ser cuidadoso quanto a esse tipo de pregação. Não almejamos ser oradores populares (nosso Senhor é doador de vida). Nós almejamos ser canais de vida, conduzindo-a para dentro do coração das pessoas. Ao pregar a cruz, deveríamos ter a vida da cruz fluindo para a vida de outros. A coisa mais lamentável a meu ver é que, embora muitos preguem a cruz hoje, as pessoas não têm ganhado a vida de Deus. Elas parecem concordar com nossas palavras e recebem-na alegremente; contudo, não têm recebido a vida de Deus. Muitas vezes, enquanto pregamos a morte substitutiva da cruz, os homens parecem entender o significado e o porquê da substituição, e ser tocados no momento. Entretanto, não podemos ver a graça de Deus operando nos ouvintes a ponto de, verdadeiramente, obterem a vida regenerada. Pregamos também a co-crucificação e a explicamos de maneira bem clara e comovente. No momento em que as pessoas ouvem, podem orar e decidir-se a morrer juntamente com o Senhor e a ganhar as experiências de vencer o pecado e o ego. Mas após tudo haver terminado, não as vemos ganhar a mais abundante vida de Deus. Tais resultados entristecem-me muito. Isso faz com que me humilhe diante do Senhor a fim de buscar a Sua luz. Se tiver a mesma experiência que eu, espero que você se contriste diante do Senhor como eu e arrependamo-nos das nossas faltas. O que nos falta de fato no momento são homens e mulheres que preguem a cruz, contudo o que mais necessitamos além disso são pregadores que preguem a cruz no poder do Espírito Santo.
Leiamos agora a Palavra de Deus. Paulo disse: "Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder" (1 Co 2:1-4). Nesses versículos vemos três coisas: 1) a mensagem que Paulo pregou; 2) a pessoa do próprio Paulo, e 3) a maneira com que Paulo pregou sua mensagem.

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